Nos últimos cinco anos, a economia recebeu boas notícias de um setor que permaneceu estagnado durante quase toda a década de 90. Costrutoras e Imobiliárias mantiveram negócios aquecidos, com resultados duradouros e lucrativos até os últimos dias de 2010. É claro que houve pequenas oscilações entre um ano e outro, mas nada tão significativo a ponto de caracterizar uma crise no setor.
E como todos os índices econômicos indicam que em 2011 essa tendência deve continuar, algumas pessoas temem que a grande demanda de imóveis e a alta dos preços levem a formação de uma bolha imobiliária, como aconteceu na crise econômica dos Estados Unidos há dois anos.
Por lá, ocorreu uma supervalorização contraditória e impulsionada por incentivos impensados do governo. Com tanto dinheiro fluindo, os imóveis começaram a ser comercializados a preços fora do comum. Aqui no Brasil, a situação é bem diversa, principalmente por causa de três fatores:
➣ O crescimento do setor imobiliário brasileiro está associado a uma demanda consistente, o que não aconteceu nos EUA, cuja ascensão desenfreada foi baseada em especulações.
➣ O sistema de financiamento daqui é criterioso, pede comprovação de renda e abarca no máximo 80% do valor do empreendimento. No caso dos norte-americanos, a fiança chegava a 110% do valor do imóvel e sem comprovação de renda.
➣ Nos EUA, a alta do setor foi tão escandalosa que desbancou outros ativos da economia. Mesmo com a ascensão relativamente duradoura, o Brasil não assistiu o setor imobiliário crescer mais que as outras aplicações.
Estabilidade
E por mais que tentem criar um clima de tensão, não há como ir contra o otimismo dos índices, que estão longe de indicar uma queda brusca. De acordo com pesquisa realizada pela Acebip, divulgada pela Época, o setor imobiliário conta com uma série de subsídios para estender por mais tempo o equilíbrio dos últimos anos:
➣ Economia estável, com boa visibilidade no exterior.
➣ Aumento do emprego e da renda.
➣ Mesmo criterioso, o crédito imobiliário se expandiu, graças a incentivos governamentais como o Programa Minha Casa Minha Vida e a expansão de créditos para imóveis com valor acima de R$ 500 mil.
➣ A demanda por imóveis não deve cair tão facilmente, já que o crescimento populacional também não mostra indícios de queda.
Aliada a todos esses compensatórios, a construção civil também deve repetir esse ano o crescimento que influiu diretamente na valorização do setor imobiliário brasileiro. De acordo com sondagem da CNI, o indicador de nível de atividade para os próximos seis meses atingiu 61,9 pontos. Números acima de 50 indicam aumento.
Está na hora de investir
Com os preços em alta, o momento é propício para comprar um imóvel ou investir em um empreendimento, mesmo se os preços derem sinais de que o crescimento não continuará tão acelerado como nos últimos cinco anos.
Lançamentos e imóveis na planta são garantia de bons investimentos e lucros a médio e longo prazo, como uma poupança que não esfria. Os bancos também já demonstraram que pretendem focar seus esforços no crédito imobiliário, denotando o quão positivo pode ser investir no setor. A hora é agora!
Fonte: De São Paulo