Sofá, cadeira ou poltrona: todos eles trabalham com revestimentos. E são tantas opções que escolher o mais adequado é difícil. O importante é não pensar só na beleza, mas considerar ambiente, custo-benefício, tipo de uso da peça e dinâmica da casa. Se a família é grande, o melhor é optar por revestimentos resistentes e de fácil limpeza e manutenção. Gerente de marketing da Cipatex, fabricante de revestimentos sintéticos com atuação no mercado moveleiro e decoração, Silvio Martins diz que para quem tem crianças, gatos ou cães em casa as melhores opções são revestimentos de sintético ou couro.
“Os materiais podem ser limpos regularmente, oferecem menos risco de acúmulo de poeira e pelos de animais, além de não reter odores e serem mais difíceis de rasgar. Também são mais indicados para pessoas alérgicas. A cor, a estampa e a textura também devem ser levadas em conta para compor a decoração de forma adequada”, diz ele.
Para a arquiteta Mariana Felgas, a escolha do tecido adequado ao estofamento deve levar em conta quatro fatores: conforto, durabilidade, preço e estética. “Dependerá principalmente das necessidades de uso do ambiente”.
Resistência
Martins destaca que o couro e os revestimentos sintéticos são mais resistentes. “Na lista aparecem o jacquard, com ótima resistência e bastante algodão em sua composição, chenille, suedes e ultrasuedes e a sarja”.
Segundo o gerente, materiais produzidos em fibras sintéticas, como o suede e os laminados em filmes de PVC, têm uma característica ambiental favorável. O primeiro vem de processos de reciclagem de garrafas PET, já o segundo de um termoplástico que tem origens renováveis.
“Já o linho tem capacidade de manter a sua aparência inalterada após anos de uso e tende a manter a sua cor mesmo após sucessivas lavagens, porém é preciso tomar cuidado para não encolher. Existem linhos mesclados a outros materiais que ajudam a diminuir o preço”.
O chenille é um dos tecidos mais escolhidos para revestir os sofás, confortável e aconchegante. É possível escolher diversas cores e estampas. “Ao optar pelo chenille, é preciso estar consciente de que a impermeabilização do móvel precisa ser feita, pois o tecido absorve qualquer líquido que for derramado nele”, afirma ele.
Mariana Felgas destaca que o uso do couro está relacionado principalmente com ambientes que exigem alta durabilidade e que não sejam expostos a umidade. “Para conservar, é necessário hidratá-lo. Existem empresas especializadas no serviço, que poderão garantir a integridade do tecido ao final do procedimento”.
Impermeabilização
A função da impermeabilização é repelir líquidos e impedir que pelos de animais e poeira impregnem no tecido. O processo também aumenta a vida útil do estofado. Não é 100% eficaz, já que substâncias ácidas como urina, por exemplo, podem ultrapassar a camada impermeável do material.
“Quando há crianças ou animais em casa, vale a pena investir em impermeabilização. Existem tecidos no mercado que já são impermeabilizados de fábrica. A maior parte dos tecidos, naturais ou sintéticos, pode passar pelo processo”, detalha Martins.
Enchimento
O tipo de enchimento deve ser levado em conta na escolha do revestimento. No caso de estofado para ambientes externos, é importante enchimento que não mofe. Não adianta o revestimento ser antimofo se o material interno for ruim.
“Materiais sintéticos levam em sua fórmula – e na construção da fibra ou do tecido – aditivos que determinam características antimofo. Muito embora o material usado no revestimento possa estar protegido, o acúmulo de umidade e de outros detritos pode não impedir o aparecimento de mau cheiro e bolor no interior da peça”, cita gerente de marketing da Cipatex
Segundo ele, materiais com bom caimento, ou seja, que apresentem uma capacidade de adaptação às curvas e às costuras, são de suma importância para impedir a penetração de sujidades e o alcance do material usado para enchimento.