O mercado imobiliário de Ribeirão Preto deverá fechar 2011 aquecido. Nos dez primeiros meses desse ano, a Prefeitura aprovou 2.593 novos projetos de construções. Nesse ritmo, até o fim de dezembro serão cerca de 3 mil.

A expectativa é que em 2012 esse número seja ainda maior. O governo anunciou o aumento da faixa de renda das famílias que podem financiar pelo programa Minha Casa Minha Vida. Nas cidades com mais de 250 mil habitantes, o teto de rendimentos passa de R$ 4,9 mil para R$ 5,4 mil.
 
“Consequentemente aumenta bastante o número de famílias que possam adquirir esse financiamento”, conclui o corretor de imóveis Geraldo Dantas de Araújo.
 
A gerente comercial Graziela Dias, conta que o lançamento no qual trabalha mal saiu da maquete e a maioria dos apartamentos já foi comercializada. “Esse (empreendimento) daqui a gente lançou no inicio de outubro e em dois meses a gente já está com 70% vendido. Então a demanda por imóvel é muito grande ainda”, relata.
 
Para o dono de imobiliária Elizeu Rocha, o "boom" de lançamentos influencia no preço dos imóveis usados. “Aquela pessoa que comprou o imóvel na planta em 2009, em 2011 está recebendo essa mercadoria. Aquele outro que compra exclusivamente para morar, que já tem o imóvel usado, ele acaba desfazendo (desse imóvel usado), então ele coloca no mercado para vender e nesse momento vem a grande oferta. Se vem uma grande oferta cai também um pouquinho o preço”, afirma.
 
Para o administrador Dirceu Tornavoi de Carvalho, o melhor momento para comprar um imóvel já passou, apesar do mercado continuar aquecido. Mesmo assim, Carvalho considera o investimento em habitação como um bom negócio, levando em conta a segurança. “Se você tem os preços já num patamar alto, realizar lucro com esses valores altos fica mais difícil, mas é uma reserva de capital, é um patrimônio de raiz e tem muita gente que se interessa mais pela segurança do que pela rentabilidade do investimento”, diz.
 
Fonte: EPTV