O índice de preços mensurado pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, mais do que dobrou ao passar de 0,66% em junho para 1,34% em julho. As informações foram divulgadas ontem pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

No ano, o indicador acumula alta de 4,57%, enquanto nos últimos 12 meses a variação é de 6,67%. Significa que um contrato de aluguel que vença em julho, e tenha o IGP-M como indicador, terá reajuste de 6,67%.

A aceleração foi fortemente influenciada pela taxa do IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo, que representa 60% do IGP-M) e variou 1,81%% em julho, ante alta de 0,74% verificada em junho.

No IPA, a pressão veio principalmente do subgrupo combustíveis, cuja taxa de variação passou de -0,28% para 5,14%, na produção de bens finais. Esse mesmo subgrupo registrou impacto na produção de bens intermediários - passando de 0,38% para 3,65% em julho.

O preço da matérias-primas brutas variou 3,31%, em julho. Em junho, o índice registrou variação de 0,76%. Os principais responsáveis pela aceleração do grupo foram os itens: soja em grão (que passou de 4,30% para 14,89%), milho em grão (-3,95% para 6,74%) e café em grão (-2% para 2,36%). Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que representa 30% do IGP-M, variou 0,25% no período, ante alta de 0,17% no mês anterior.

O IPC foi pressionado pela variação do grupo alimentação (0,61% para 1,06%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa de variação passou de 7,53% para 15,39%. Respondendo por 10% do IGP-M, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) desacelerou para 0,85%.

Fonte: Folha de São Paulo